No dia 25 de Fevereiro, quarta-feira, o nosso grupo deslocou-se ao "Lar Professor Doutor José Vieira de Carvalho" no âmbito da esfera humana sobre a qual versa o nosso trabalho, nomeadamente sobre o sub-tema “Como é que vive o idoso na Maia?”
Breve História do Lar
Como se pode ler na sua página na Internet, "No âmbito da diversidade de serviços prestados à comunidade, o Lar Prof. Dr. Vieira de Carvalho, inaugurado em Dezembro de 1999, é, enquanto equipamento criado de raiz, uma estrutura que concentra sob a sua alçada 4 valências de importante relevância no que diz respeito ao apoio à terceira idade. O Lar Prof. Dr. José Vieira de Carvalho tem como objectivo, assegurar o alojamento colectivo de idosos, em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia, assim como um conjunto de serviços inerentes, tais como a alimentação, higiene, tratamento de roupas, cuidados de saúde, actividades de ocupação, animação e lazer de forma a promover o seu bem estar físico, psíquico e social."
Descrição da visita
Fomos recebidos, atenciosamente, pela Assistente social, Dr.ª Virgínia Rodrigues, que também ocupa o cargo de directora do lar. Numa primeira fase, dirigimo-nos ao escritório da Dr.ª Virgínia e colocamos-lhe algumas questões sobre o funcionamento do estabelecimento, os apoios recebidos pela Câmara Municipal da Maia, as actividades culturais que desenvolvem para a ocupação dos tempos livres dos seus utentes, a média de idades dos idosos, a constituição da equipa técnica, as visitas realizadas pelos familiares, as visitas dos idosos a casa dos seus parentes mais próximos, os requisitos necessários para a entrada dos utentes nesta instituição de apoio ao idoso, entre outras. Face a estas questões, ficámos a saber que:
- esta instituição, constituída por 50 utentes, não recebe, normalmente, utentes com menos de 65 anos de idade;
- os utentes, antes de entrarem para a instituição devem ser submetidos a vários exames médicos para serem identificados os problemas de saúde dos idosos e, consequentemente, se seleccionarem os cuidados de que necessitam;
- os utentes, que têm uma média de 95 de idade, usufruem de uma equipa técnica constituída por um médico, um enfermeiro, um psicólogo, uma assistente social e outros funcionários que trabalham domo ajudantes do lar, funcionários administrativos, etc;
- cada utente que frequenta esta instituição tem que pagar uma verba. Quanto aos apoios monetários, cedidos por empresas e/ou particulares, são muito escassos;
- a instituição promove vários eventos culturais dentro da instituição, levando, por exemplo, grupos musicais para animar os idosos.
Seguidamente, a directora do lar, possibilitou-nos uma visita, às instalações do edifício, que se revelaram muito acolhedoras. Estão criadas condições (pelo menos físicas) para que os idosos não se sintam sozinhos já que todos os quartos são constituídos por duas camas. De destacar o facto de várias divisões estarem adaptadas para receber idosos com mobilidade reduzida. O lar possui, para além dos quartos, uma lavandaria, uma cozinha, um refeitório que serve ainda como sala de espectáculos, possuindo um palco, uma sala de convívio onde os utentes passam a maioria do seu tempo, entre outras salas.
A nossa opinião
O grupo gostou muito de visitar esta instituição, pelo que o balanço da visita foi completamente positivo. Visitar o lar despertou a nossa sensibilidade relativamente aos idosos. Num país cada vez mais envelhecido, cabe-nos a nós, jovens, cada vez mais, garantir uma velhice digna e sã àqueles que foram e são nossos educadores e familiares. Mas também não devemos lutar somente pelos "nossos", mas por todos. Notámos que muitos dos idosos não eram activos (e outros também possuíam deficiências) e é aqui que os jovens devem intervir, para que possamos tornar os nossos idosos mais activos, mais alegres, mais jovens. O voluntariado é uma solução. Muitos jovens pretendem enveredar numa missão de voluntariado... Porque não fazê-lo numa instituição de apoio ao idoso? A Dr.ª Virgínia foi extremamente receptiva e muito simpática com o nosso grupo, tornando esta visita não só possível como muito gratificante.
- Próximo post: relato da visita à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Maia